Não deixem de ler as Frases da Semana na Gazeta do Povo!
O dia 31 de outubro é o Dia do Saci.
A parte mais assustadora do Halloween é perceber que o Aldo Rebelo tinha razão.
E que o Brasil é muito mais real na ficção, já que folclore é história.
O Brasil é o protagonista da História. Não os EUA, nem o Império Romano, nem a Europa, nem a União Soviética. O Brasil.
“Um povo é identificado por sua cultura, seus costumes e suas pilantrangens”, com esta frase, o filósofo Hans Ernesto já definia para sempre a fórmula do brasileiro.
O Saci é nosso Prometeu inacorrentável. E o Negrinho do Pastoreio, o Fausto ao avesso.
Outras criaturas pitorescas do folclore brasileiro: a Caipora, a Mula-sem-cabeça, o Mapinguari e o democrata que dá só uma censuradinha de leve.
Temos ainda o Corrupira, que sempre leva 5 porcentinho das obras da Odebrecht.
E o Ministro do STF — que é o coelho que tira um mágico da cartola.
O Ciro Gomes é o próprio Saci: aparece de vez em quando, faz uma baguncinha e depois some, deixando quem acreditou nele a ver navios…
E tem o Menor dos Males.
O Menor dos Males é um ser mítico do folclore brasileiro que possui 9 dedos, cheira a enxofre e de 4 em 4 anos reaparece para distribuir o Mensalão entre as almas sebosas. Assim como o boto-cor-de-rosa, às vezes veste um terninho para ludibriar as moças desavisadas.
O problema do Menor dos Males é que ele às vezes cresce, e pode crescer pra caramba.
Este ano, o Menor dos Males já está com 13 metros de altura, devorou 39 ministérios e causou um prejuízo de R$ 40,4 bilhões.
Por isso, eu sempre preferi o Boitatá, a Iara e o Caboclo-d’água. O Menor dos Males é um filhote de Papa-Figo com Pisadeira. Um bicho assustador.
Quando eu era menino pequeno em Maranguape, a gente caçava o Menor dos Males todo dia 31 de outubro. Saía com um saquinho de propina, que servia como isca, e batia nas panelas pra assustar o Menor dos Males. Daí prendia a besta-fera e levava pra carceragem da PF em Curitiba. Hoje em dia não se faz mais isso. O Brasil está perdendo a sua alma.
Ouvi dizer que a Netflix está preparando um filme sobre o Negrinho do Pastoreio, que se chamará ‘Afro-Brasileirinho do Latifúndio’.
E ainda trará um Saci-Pererê pós-Paulo Freire, que parou de pregar peças para ficar reclamando de capacitismo.
Aliás, na UFMA, teve aquele travesti que apresentou o Paulo Freire para a plateia.
Ou teria sido um manifesto de apoio explícito ao Centrão?
Não julguem: às vezes o dito cujo é o orifício mais eloquente do qual a pessoa dispõe para se expressar.
No entanto, eu pediria a gentileza de manter o decoro e limitar as manifestações ao aparelho excretor superior.
Diversidade étnica, tudo bem. O que me incomoda mesmo é essa diversidade ética.
Afinal, há arte até na arteriosclerose.
E gótica é a Catedral de Colônia, The Cure é emo mesmo.
“Fica, que eu vou subir!” — diz um lateral aleatório (e possivelmente reserva) do Manchester City para Rodri, o melhor jogador do mundo.
O positivismo matou Saci. Tema para dissertação.
Garrafas Pra Vender
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