'Sound of Freedom' Bota Um Dedo Na Ferida Da Esquerda. Um Não, Vários
Quando te dizem "não tem nada para você ver aqui", é que você sabe que precisa olhar com calma
Alerta de spoiler: o artigo contém spoilers limitados sobre o filme Sound of Freedom, mas nada que possa prejudicar a experiência. Até onde eu saiba, infelizmente, o filme não está sendo distribuído no Brasil no momento.
Eu gosto do Jim Caviezel, mesmo antes de sua atuação clássica em A Paixão de Cristo, ele estava brilhante como Edmond Dantès em O Conde de Monte Cristo. Eu também escuto diversos podcasts, nem que como ruído de fundo. Então, é claro, eu estava ciente de que Caviezel vinha fazendo a divulgação de seu último filme, Sound of Freedom. Confesso que não estava ligando muito, pois o filme inicialmente me pareceu algum tipo de 'Busca Implacável de direita', o que não é muito o meu gênero. De qualquer forma, eu estava pensando em eventualmente assistir, um dia desses…
Mas minha opinião mudou de repente, e o que realmente me convenceu a assistir o filme foi a tentativa de assassinato de reputação, disfarçada de crítica de cinema, do tablóide de propaganda equerdista britânico, The Guardian. A manchete dizia: “Sound of Freedom: O thriller ligado ao QAnon que seduz a América”. O artigo é uma coleção de teorias da conspiração lunáticas que permeiam a esquerda nos dias de hoje. Depois disso, eu soube que deveria assistir ao filme o mais rápido possível porque ele estava tocando nas feridas certas das pessoas erradas.
É errado normalizar a sexualização de crianças
Nas cenas iniciais do filme, uma garota pré-adolescente é levada para o que aparenta ser um teste de uma agência de talentos mirins. A verdadeira intenção rapidamente se torna evidente quando ela é incentivada a posar de forma sugestiva, coberta de batom pesadamente aplicado, em frente à câmera de um estranho. O filme captura habilmente a perspectiva da criança, que inocentemente vê aquilo como algo semelhante a brincar com a maquiagem da mãe ou experimentar suas roupas. Seu pai a deixou lá, sem saber do perigo. Quando ele retorna, descobre que sua filha desapareceu, mergulhando-o no pior pesadelo que um pai pode passar.
Portanto, a primeira mensagem é clara: a sexualização infantil é errada. É o que abre as portas do inferno que é o tráfico de crianças.
No entanto, se eu estivesse interessado em vender idéias como mudança de sexo e aborto para menores, não me agradaria muito ver a sexualização de crianças sendo retratada como algo tão negativo assim. Ao contrário, eu gostaria de vê-la normalizada. Como, por exemplo, no artigo abaixo de outro tablóide sensacionalista de esquerda, a revista Rolling Stone:
À primeira vista, pode fazer sentido descartar alguma preocupação maior, considerando ser ‘só uma obra de ficção’. Mas, quando a mesma Rolling Stone publica uma resenha sobre um filme crítico à sexualização infantil como Sound of Freedom, cuja manchete diz ser “um filme de super-herói para pais com problemas mentais”, fica claro que tem algo de estranho. Na resenha, escrita por Miles Klee, há mais de um ato falho digno de nota. Klee confessa:
“Em alguns momentos, eu tive a sensação desconfortável de que poderia ser preso só por assistir a isso.”
É uma idéia bem peculiar de lhe ocorrer ao assistir a um filme como Sound of Freedom onde pedófilos estão indo para trás das grades... Não satisfeito, ele então decide fazer uma denúncia apaixonada contra o tratamento dado a um predador sexual pelo protagonista do filme, dizendo:
“... prendê-lo de novo? [...] Não tem importância, desde que o asqueroso babão de óculos e bigode de pervertido tenha sua cabeça espancada contra uma mesa mais uma vez.”
É uma demonstração empatia bem estranha, especialmente dada a abundância de vítimas com as quais se pode se solidarizar no filme. Não estou insinuando que Klee tenha inclinações de qualquer tipo; parece apenas mais uma manifestação da fascinação patológica — e até suicida — da esquerda pelo mal. É o 'chamado do vazio' em sua pior forma.
Klee nos aconselha a não nos deixarmos levar pelo sofrimento pelas vítimas infantis de tráfico sexual retratadas no filme, sugerindo que “há sofrimento visível ao nosso redor na América. Há os pobres e desabrigados, pessoas brutalizadas ou mortas pela polícia... tiroteios em massa, falta de cuidados de saúde, desastres climáticos. E, no entanto, a extrema direita recorre repetidamente a essas fantasias sórdidas sobre monstros sem Deus machucando crianças.”
Embora Sound of Freedom seja uma obra de ficção, o filme é baseado em uma história verídica. No entanto, Miles Klee quer que ignoremos a realidade que lhe é incômoda. Enquanto ele simpatiza com predadores sexuais, o The Guardian sugere que o tráfico de crianças pode ter um lado cômico, alertando que “aqueles que esperam algumas risadas aqui e ali [...] ficarão entediados com a seriedade mantida durante todo o filme”. Talvez eles estivessem esperando piadas que humanizassem e normalizassem o tráfico de crianças? Nesse sentido, o filme se torna uma oportunidade perdida.
Expondo o Fracasso das Políticas de Esquerda
Falando em atos falhos e na conexão entre a normalização da sexualização de crianças e a indústria do aborto, o The Guardian nos dá uma demonstração de como isso funciona na prática. O tablóide insinua que “‘Sound of Freedom’ finge ser um filme real, assim como um 'centro de apoio à gravidez de crise'1 se disfarça como uma clínica de saúde legítima”. Parece que a conexão entre ser pró-aborto e promover a sexualização de crianças não passa despercebida para a esquerda. Eles apenas têm uma perspectiva diferente sobre isso.
Mas isso não é tudo, o The Guardian prossegue criticando a Operation Underground Railroad (O.U.R), a organização de resgate de crianças retratada no filme, rotulando-a como "arrogante, antiética e ilegal" de acordo com as “autoridades”. Mas a que autoridades eles estão se referindo? Após uma pesquisa rápida, a autoridade em questão se revela ser Anne Gallagher, que se apresenta como "advogada e autoridade internacional em direitos humanos e questões de gênero". Vale ressaltar que ela nunca resgatou uma única alma em sua vida. Ela é apenas uma parte interessada com um diploma duvidoso, reivindicando expertise em assuntos nos quais não tem experiência alguma. Uma burocrata.
Agora, eu entendo por que alguém pode considerar as atividades da O.U.R. como ilegais, ou no limite da legalidade, isso é uma crítica justa. Mas chamá-los de antiéticos?! O que há de antiético em resgatar crianças em perigo?
No final das contas, enquanto Anne Gallagher se relaciona com pessoas que não surpreenderiam ninguém caso venham a se revelar um novo Jeffrey Epstein, para garantir a sobrevivência financeira de sua carreira imaginária, crianças continuam sofrendo abusos na vida real. Por outro lado, os agentes da O.U.R arriscam suas vidas para combater o tráfico de crianças. É evidente qual dessas atividades se enquadra na categoria 'antiética'.
Pulando de ar-condicionado para ar-condicionado, de torre de marfim para torre de marfim, Gallagher acredita que sua expertise em receber cheques de ONGs politicamente enviesadas se traduz em algum tipo de expertise na luta contra o tráfico de crianças. Na realidade, seu trabalho é, no máximo, pura sinalização de virtude retórica. Ela nunca receberá um ‘obrigado’ de uma criança assustada recém-libertada da escravidão sexual, mas tenho certeza de que ela tem múltiplos prêmios dados por organizações que existem apenas para dar prêmios a pessoas como ela. Na pior das hipóteses, ela atrapalha quem tenta fazer alguma coisa e ajuda os traficantes a escaparem de seus crimes.
Em um artigo no The Huffington Post, Gallagher insinua que a O.U.R estaria em conluio com a polícia local em suas atividades no terceiro mundo, sugerindo até a cumplicidade com a indústria do tráfico sexual. Ela também insinua que as pessoas envolvidas na libertação de crianças da escravidão sexual estão fazendo isso para obter "reconhecimento internacional" para si mesmas. Talvez mais um ato falho?
Gallagher afirma que qualquer tribunal respeitável não hesitaria em rejeitar um caso que se baseie em evidências obtidas por meio de operações semelhantes às da O.U.R, devido à falta de "padrões básicos de supervisão e responsabilidade". No entanto, ela falha em perceber que são os burocratas, supostamente defensores dos direitos humanos e sem experiência no mundo real — exatamente como ela —, que estabelecem esses padrões arbitrários e lenientes em nome da 'justiça social'.
Em outro ato falho, Gallagher revela que "a tentação de fazer algo diante de tamanha vilania pode ser avassaladora". Parece que ela está feliz por ter resistido bravemente e nunca ter feito nada, exceto embolsar alguns cheques.
Mas será que a esquerda realmente deseja acabar com o tráfico de seres humanos? A pergunta é, admitidamente, irônica, dado que, como o The Guardian afirma, "todos concordam que o tráfico de crianças é indefensável". No entanto, realmente tentar dar um fim a esta atividade pode ser uma atitude muito drástica, pois significaria menos dinheiro indo para pessoas como Gallagher e mais para pessoas como Tim Ballard, o líder da O.U.R. Não vamos nos enganar — o mesmo sistema que opera o tráfico sexual de crianças também opera as redes de tráfico preferidas da esquerda: drogas e imigrantes ilegais — os quais são, em grande parte, também vítimas do tráfico de seres humanos.
O tráfico de seres humanos é parte da cadeia de suprimentos que sustenta o estilo de vida —ou o projeto político —da esquerda. Eles sabem que prejudicar o tráfico de seres humanos também prejudicaria a si mesmos. Basta olhar para quem recebia as doações de Jeffrey Epstein como referência.
Ceticismo para Mim, Teorias da Conspiração para Você
A Rolling Stone está extremamente preocupada que "campanhas genéricas de 'Salvem as Crianças' tenham se tornado portas de entrada para teorias da conspiração de extrema direita". Então eles, agindo como uma bons porta-vozes da esquerda mais sórdida, estão prontos para conectar rapidamente o filme Sound of Freedom com o movimento conspiracionista QAnon.
Eles não têm dúvida alguma de que os 'deploráveis' vêem os eventos retratados no filme como inteiramente literais. Mas tal preocupação nunca se manifestou com relação às pessoas que acreditavam em vacinas contra o Covid sendo 100% eficazes, na autenticidade do Dossiê Steele — o qual ‘expunha’ o conluio entre Trump e a Rússia — e no apocalipse que se aproxima se não comermos insetos para combater as tais mudanças climáticas.
Glenn Kessler, o ‘checador de fatos’ do The Washington Post, perdeu uma quantidade avassaladora de sono tentando refutar a afirmação de Donald Trump de que 10.000 crianças são contrabandeadas para os Estados Unidos anualmente para fins sexuais. Mas vamos considerar a idéia de que não sejam 10.000 — vamos dizer que sejam 1.000 crianças, ou até apenas 1% do número de Trump, o que equivale a 100 crianças. Isso justifica reduzir os esforços para combater o tráfico sexual infantil? Será que o verdadeiro problema é que as pessoas estão exagerando em sua preocupação com essas crianças?
Falando em teorias da conspiração, o The Guardian tem a sua própria, ressaltando que Ballard alega ter trabalhado por mais de uma década no Department of Homeland Security (ou DHS, o equivalente a um GSI anabolizado), mas “o DHS não pode confirmar nem negar o histórico de emprego do verdadeiro Ballard”. O The Washington Post rejeita a idéia de que "uma obscura rede elitista internacional está sequestrando crianças”. Eles não fornecem nenhuma evidência para essa conclusão. Se eu escrevesse para uma organização cujo proprietário, Jeff Bezos, tinha ligações famosas com Jeffrey Epstein, eu me absteria de propagar esse ponto de vista. Por razões éticas, se não por qualquer outra coisa.
O filme é ótimo e o público percebeu isso
Em um ano em que a Disney relatou perdas de US$ 900 milhões devido a fracassos de bilheteria com temáticas lacradoras como A Pequena Sereia e Lightyear, deve doer bastante quando um filme independente como Sound of Freedom se revela um sucesso e bota o dedo em mais essa ferida.
Originalmente produzido pela 20th Century Studios, o filme foi colocado na geladeira pela Disney após uma aquisição em 2019. Seria melhor os executivos da Disney justificarem sua decisão de barrar o filme com base no fato de que denunciar a sexualização de crianças é ruim para os negócios deles. Afinal, quando Sound of Freedom supera outro fracasso de bilheteria progressista da Disney como Indiana Jones e a Relíquia do Destino, seria uma confissão de incompetência afirmar que eles subestimaram o apelo comercial de Sound of Freedom.
No entanto, em vez de celebrar a vitória de um filme independente e parcialmente financiado pelo público, sobre o último blockbuster da Disney, a extrema imprensa se dedica a analisar minúcias, recorrendo a detalhes técnicos e ajustes obscuros para explicar que "não foi exatamente assim". Eles descartam o sucesso do filme como um "momento passageiro" em que um "bando de desocupados" lotou os cinemas, apenas para manipular os números e sequestrar as manchetes. Claro, eles afirmam que isso não é uma teoria da conspiração, apenas ceticismo profissional.
As crianças de Deus não estão à venda
Mas nada tocou tanto na ferida da esquerda quanto a frase "God’s children are not for sale (as crianças de Deus não estão à venda)", dita quase no início do filme, em uma cena que nem mesmo é das mais dramáticas. O uso da palavra 'Deus' aqui não se limita a conotações religiosas; apenas reconhece a incorruptibilidade inerente à vida e à natureza que nunca deve ser violada ou extirpada. É semelhante ao uso em conceitos como 'Deus ex-machina' ou 'atos de Deus'.
Mas a esquerda discorda. Eles estão apavorados com a possibilidade de as pessoas assistirem ao filme e refletirem sobre sua mensagem, o The Guardian até aconselha: "pessoas decentes que desejam viver vidas boas e felizes não devem, sob nenhuma circunstância, fazer isso". Eles alertam contra a mensagem do filme, sugerindo que os produtores "malévolos" têm consciência de que os "normais" podem ouvi-los, implicando o uso de mensagens subliminares.
Eles alertam que o filme "afirma" ser baseado em uma história real, mas "enfeita e distorce" os fatos, presumindo que sua audiência é ingênua. Essas são as mesmas pessoas que acreditam que os atores devem interpretar apenas personagens com perfil idênticos aos seus, vale ressaltar.
Em meio a atos falhos, teorias da conspiração e à maneira como tem incomodado os ideólogos de esquerda, uma coisa fica abundantemente clara: Sound of Freedom é um filme imperdível!
Tais centros, como por exemplo a Heartbeat International e a Care Net, são clínicas mantidas por organizações pró-vida para prover suporte para mães e crianças envolvidas em gravidezes de risco, com o objetivo de evitar que resultem em aborto.
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Se você lê 1984 e vê o autoritarismo em nome do ‘bem comum’. Lê Admirável Mundo Novo e vê o totalitarismo em nome do ‘progresso’. Lê Fahrenheit 451 e vê a tirania em nome do ‘politicamente correto’. Quando acontece na vida real, não pode apoiar a censura em nome da ‘democracia’.