As Mentiras do Lobby Abortista
Expondo a seita negacionista anti-ciência que tomou conta da esquerda
Você nunca se junta a uma seita. Você se junta a um grupo de pessoas agradáveis, com idéias em comum e que acreditam estar fazendo algo para o ‘bem maior’. No começo, elas falam manso e apresentam argumentos que parecem até razoáveis em nome de sua causa. Mas rapidamente esses argumentos se esgotam. E então eles começam a mentir. E são mentiras atrás de mentiras.
Conforme você se aprofunda nesse labirinto, é cada vez mais desencorajado a pensar de forma crítica ou a considerar as implicações éticas do que está apoiando; a pressão do grupo cria uma mentalidade de ‘nós contra eles’, você começa a entoar palavras de ordem como se fossem a verdade revelada, inquestionáveis. Se torna irracional, agressivo, e se rebela contra qualquer um que vá contra seus dogmas. Abandona a lógica e a razão e, como a ciência vai diametralmente contra as suas crenças, você se torna um negacionista.
Aborto NÃO É Questão de Saúde Pública
Hipócrates de Kos — considerado o ‘pai da medicina’ — viveu durante a Grécia Clássica e originou o juramento ético tradicionalmente feito por médicos nos últimos 2.300 anos. O Juramento de Hipócrates contém uma proibição explícita ao aborto:
“Mesmo instado, não darei droga mortífera nem a aconselharei; também não darei pessário abortivo às mulheres.”
Por mais de dois milênios, médicos de diferentes origens, culturas, religiões e estilos de vida têm declamado o juramento em sua totalidade — incluindo referências a deuses pagãos que vão contra sua própria fé —, em nome de preservar a integridade ética de sua profissão.
Somente uma seita radicalmente anti-ciência se empenhou para modificar a pedra fundamental da medicina, de forma a adequá-la às suas visões extremistas. Um estudo de 2009 em escolas de medicina americanas e canadenses averiguou que apenas 11% delas preservavam a proibição original de aborto em seus juramentos, um claro sinal de que você precisa redefinir a idéia de saúde pública se quiser que o aborto se encaixe nela. Precisa negar a ciência.
Mesmo no sentido moderno, caracterizar aborto como questão de saúde pública é absurdo, por várias razões:
Não existe serviço de saúde pública sob demanda. Não há procedimento médico onde um paciente pode se auto-diagnosticar, prescrever seu próprio tratamento e exigir que o procedimento seja realizado;
Nenhum procedimento médico tem como objetivo matar um dos pacientes;
Procura-se um serviço de saúde quando se está doente, com dor ou em risco. Gravidez não é doença e seu tratamento médico adequado é o que reduz riscos ou lida com possíveis complicações, não o que busca extingui-la.
Imagine uma situação onde, em uma ala de um hospital, você tem uma equipe de cirurgiões lutando para salvar a vida de um feto de 23 semanas; e em outra ala do mesmo hospital, você tem um feto de 23 semanas sendo abortado. Qual dos dois é questão de saúde pública?
Em um mesmo hospital você pode ter uma equipe de cirurgiões lutando para salvar a vida de um feto de 23 semanas, enquanto um feto da mesma idade está sendo abortado em outra ala. Qual dos dois é questão de saúde pública?
Infelizmente, esse cenário é bem real, como ilustrado no recente caso da enfermeira e serial killer britânica Lucy Letby. Letby recebeu múltiplas penas de prisão perpétua por assassinar sete bebês recém-nascidos, sendo sua vítima mais jovem um bebê prematuro de apenas 23 semanas. Notavelmente, de acordo com a lei britânica, este mesmo bebê poderia ter sido abortado sem nenhum problema.
Mas, se aborto é realmente apenas mais um procedimento médico como tantos outros, por que não mostrar abortos cirúrgicos na TV para educar o público? Afinal de contas, quando as primeiras cirurgias cardíacas foram mostradas na TV, o apoio do público foi absoluto. Qual a diferença?
A diferença é que o aborto não é uma questão de saúde pública. Isso é uma mentira. O aborto, contudo, é um grande negócio. A maior rede de clínicas de aborto nos Estados Unidos, Planned Parenthood, faturou US$1,6 bilhões em 2019, dos quais US$617 milhões foram dinheiro público.
Como qualquer grande empresa envolvida em um negócio sujo — pense na Odebrecht — , a Planned Parenthood tem o hábito de comprar políticos, efetuando US$45 milhões em doações nas eleições americanas de 2020.
Auto-proclamada ‘instituição sem fins lucrativos’, a Planned Parenthood também gera muito dinheiro para seus executivos: nove deles ganham mais de US$437 mil por ano. A ex-CEO Leana Wen recebeu US$1,2 milhões em 2019.
Aborto NÃO É Uma Política Progressista
O imposto de renda é a política progressista por excelência. Seu objetivo é redistribuir a riqueza, a tirando dos mais ricos para que possa ser usada para melhorar a vida dos menos favorecidos. Portanto, penaliza as pessoas mais privilegiadas e beneficia as menos privilegiadas.
O aborto faz exatamente o contrário, penalizando os menos privilegiados (deficientes, negros, meninas e pobres) de uma forma muito mais severa do que os mais abastados. Vamos olhar para as evidências:
Deficientes — Na Dinamarca, 95% de todos os fetos diagnosticadas com síndrome de Down são abortados. Na Islândia, a síndrome de Down já praticamente desapareceu por conta do aborto. Na Irlanda, um feto foi abortado após um exame ter diagnosticado uma suposta deficiência de forma equivocada.
Negros — Em Nova York, mulheres negras representaram 42% dos abortos em 2013, quando a população negra era de apenas 24%. A gravidez de mulheres negras foi interrompida “a uma taxa de 67,3 por 1.000 mulheres entre 15 a 49 anos, uma taxa muito mais alta do que qualquer outro grupo racial ou étnico”. Ainda em Nova York, mais bebês negros foram abortados (23.720) do que nasceram vivos (23.116) em 2015. Nos EUA como um todo, mulheres negras têm 3,3 vezes mais chances de realizar um aborto do que mulheres brancas.
Meninas — Um estudo abrangente de 202 países, com dados de 1970 a 2017, descobriu que há 23 milhões de meninas a menos no mundo devido ao aborto seletivo por sexo, quando o bebê é abortado somente por ser uma menina.
Pobres — O Instituto Guttmacher (um lobby abortista americano) admite que o aborto está cada vez mais concentrado entre mulheres pobres, com 49% delas vivendo abaixo da linha da pobreza.
Um argumento repugnantemente racista feito pelo lobby abortista é que o aborto reduz as taxas de criminalidade, ou seja, elimina os pobres e as minorias antes que eles tenham a chance de cometer crimes; como se houvesse algo intrinsicamente perverso neles. Margaret Sanger, fundadora da Planned Parenthood, era uma eugenista renomada com laços profundos com o Ku Klux Klan (KKK), então não é surpresa que os lacaios abortistas mantenham viva essa tradição.
Se você é um feto do sexo masculino, branco, rico e sem deficiências, tem grandes chances chegar vivo a este mundo, independente da legalização do aborto; agora se você é um feto do sexo feminino, negro, pobre e/ou deficiente, a legalização do aborto vira uma questão de vida ou morte.
“Meu” Corpo, Minhas Regras
Como muitas falácias, esta se baseia em um princípio absolutamente verdadeiro: as mulheres realmente têm o direito moral de decidir o que fazer com seus próprios corpos. No entanto, o slogan convenientemente ignora algo tão verdadeiro quanto: o feto também tem direito à autonomia corporal.
E o feto, claro, não é uma parte do corpo feminino. Cada célula em seu corpo carrega variações de um mesmo DNA, unicamente seu, diferente do DNA da mãe. Além disso, nenhuma parte do corpo humano pode se desenvolver em um ser humano adulto completamente novo. O infográfico abaixo pode ser muito técnico se você não é um obstetra, mas acho que ajuda a ilustrar o conceito:
Uma vez que se estabelece esta verdade irrefutável, a seita pró-aborto se torna (ainda) mais agressiva e recorre a um de seus argumentos mais horríveis: o feto é um parasita. Claro que isso também é uma mentira anti-ciência. Ao contrário de um parasita, o feto é da mesma espécie que a mãe e é produto de seu próprio corpo.
Mas mesmo que esse não fosse o caso, o próprio direito absoluto à autonomia corporal é um mito. As pessoas são sujeitas a várias restrições sobre o que podem fazer com seus próprios corpos, por exemplo quando se trata de automutilação, tentativa de suicídio e eutanásia. Para ser mais claro, uma mulher não pode entrar em um hospital e exigir que o médico quebre seu crânio e sugue seu cerébro com um aspirador cirúrgico, então porque ela poderia exigir que isso fosse feito com seu bebê no útero?
E nem mesmo o lobby pró-aborto parece acreditar em autonomia corporal absoluta, já que grande parte deles também fez lobby pela vacinação compulsória durante a pandemia. Financiandos pelos lucros obscenos das grandes farmacêuticas.
O Feto É Um Ser Humano
“Não sabemos ao certo quando a vida começa” é uma das mentiras mais comuns propagada pelo lobby abortista. A verdade é que a ciência é bastante clara sobre o fato de que a vida começa na concepção. Livros didáticos de medicina e obras de referência científica estabelecem consistentemente que a vida humana começa na concepção. O site da Universidade de Princeton tem uma lista muito útil de recursos acadêmicos sobre embriologia esclarecendo, em tradução livre, que:
“A Vida Começa na Fertilização — Um novo embrião humano, o ponto inicial para uma vida humana, surge com a formação do zigoto unicelular.”
Jerome Lejeune, o geneticista francês que identificou a anormalidade cromossômica relacionada à síndrome de Down, afirma que:
“Aceitar o fato de que, após a fertilização, um novo ser humano veio à existência não é mais uma questão de gosto ou opinião... A natureza humana do ser humano, da concepção à velhice, não é uma alegação metafísica, é evidência experimental clara.”
Mais uma vez, o lobby abortista se revela negacionista anti-ciência…
O princípio geral aqui é que, mesmo se houvesse incerteza sobre quando a vida humana começa, o rigor científico dita que deveríamos errar pelo lado da cautela. Indo mais longe, se de fato entendessemos que a vida não começa na concepção, como você poderíamos justificar que ovos de cinco espécies de tartaruga-marinha sejam protegidos por lei federal, mas um feto humano não seja? Certamente não através da ciência.
Mas digamos, para fins de argumentação, que todos concordamos que a vida começa na concepção. Ainda assim, isso não significa necessariamente que o feto seria o equivalente a um ser humano vivo, certo?
Uma das estratégias empregadas pelo lobby abortista é usar o termo ‘feto’ como uma forma de desumanizar a criança ainda não nascida. Mas a palavra ‘feto,’ em latim, deriva do ‘ato de criar um novo ser’, então eles estão tacitamente admitindo uma verdade: a reprodução já ocorreu e existe um ‘feto’ como resultado.
Então agora temos um ‘feto’ de algo. A seita abortista, baseada em sabe-se lá qual ‘ciência’ mística, diz que tal ‘feto’ é apenas um ‘aglomerado de células’. Mas, para termos certeza de que o ‘feto’ não é mesmo um ser humano vivo, precisamos provar que ou o feto não é um organismo vivo, ou que o ‘feto’ não é humano.
Segundo a biologia, um organismo vivo tem as seguintes características: “uma estrutura organizada, pode reagir a estímulos, reproduzir, crescer, adaptar-se e manter a homeostase”. Um ‘feto’ atende a todos os requisitos.
Biologicamente, um ser humano é definido como: “uma espécie eucariótica diplóide. Cada célula somática tem dois conjuntos de 23 cromossomos, cada conjunto recebido de um dos pais”. Por estimativas atuais, os humanos têm aproximadamente 20.000–25.000 genes.
Uma vez que o acima parece bastante específico (novamente, não sou biólogo), estou certo de que um médico treinado é bem capaz de coletar uma amostra das células do ‘feto’ e determinar se ela atende aos critérios para ser um membro da espécie humana ou não. Suspeito que sim.
Se você acredita que um feto não é um ser humano vivo, mas não pode negar pelo menos uma das afirmações acima, eu trago más notícias: você está mentindo para si mesmo, e negando a ciência, para justificar sua presença em uma seita.
Mas mesmo que se possa determinar de maneira objetiva e científica que o ‘feto’ é um ser humano vivo, isso não significa necessariamente que um feto seja uma pessoa. Afinal, ‘pessoa’ é um termo subjetivo, definido culturalmente. Dizem os abortistas.
Peter Singer, professor de ‘bioética’ na Universidade de Princeton, é um dos principais proponentes da teoria de que um feto não é uma pessoa. Para ele, um feto carece das características essenciais de uma pessoa: racionalidade, autonomia e autoconsciência.
Singer até considera razoável afirmar que a vida começa na concepção (ou pouco depois, quando o zigoto não mais puder gerar gêmeos) mas, para ele, mesmo se um ‘feto’ é um ser humano vivo, isso não é “suficiente para dizer que é errado matá-lo”. Ele vai além, dizendo nem mesmo um recém-nascido pode ser considerado uma ‘pessoa’:
“a vida de uma criança recém-nascida não possui automaticamente valor maior do que a de um animal superior, como um porco, especialmente quando essa criança apresenta ‘defeitos’”
Mesmo que você discorde dele, não pode negar que o abortista Singer é coerente: se um ‘feto’ carece de personalidade com base em seus critérios, o mesmo se aplica a recém-nascidos, pacientes em coma ou mesmo pessoas que sofrem de demência ou Alzheimer.
Como os recém-nascidos não atendem aos critérios dos abortistas, fica claro que passar pelo canal de parto não concede a alguém poderes mágicos de personalidade. Então, quando traçamos a linha entre ‘pessoa/não-pessoa’ de modo que se torne imoral matá-las? Após a primeira semana? Primeiro mês? Primeiro ano? Qualquer período que o STF decidir de forma autoritária?
Movimento Pró-Escolha Não, Movimento Pró-Aborto
A lista de mentiras propagadas pelo lobby abortista é muito mais longa do que a apresentada acima:
“Homens não possuem lugar de fala para falar de aborto” — Graças ao imenso progresso social recente, descobrimos que homens podem, de fato, engravidar. Então, lá se vai o argumento. Mas, absurdos à parte, os progressitas abortistas têm uma grande dificuldade em decidir o que é uma mulher e até mesmo em aceitar sua anatomia, ao se referir à vagina como “buraco de bônus”. Se expandíssemos essa lógica insana para outras áreas, poderíamos dizer que: ‘quem não carro, não pode opinar sobre leis de trânsito’ ou ‘quem não possui uma arma, não pode opinar sobre desarmamento’. A democracia simplesmente não funciona assim.
“O direito ao aborto representa a liberação feminina” — Mais uma mentira refutada pelos fatos. De acordo com estudo do Lozier Institute, quase 70% dos abortos são forçados, indesejados ou inconsistentes com as preferências das mulheres.
“Restrições ao aborto não levam à sua redução” — Segundo estudo do lobby abortista americano Society of Family Planning, nos seis meses seguintes à decisão da Suprema Corte que derrubou Roe v Wade, houve aproximadamente 32.000 abortos a menos nos Estados Unidos. Na Irlanda, que liberou o aborto através de um controverso referendo em 2018, o número de abortos disparou de estimados (e provavelmente inflados) 3.000 para mais de 8.500 em apenas 3 anos.
E muitas outras mentiras persistem: “o aborto é vital para a igualdade de gênero”, “para as mulheres alcançarem seu pleno potencial”, “um feto não sente dor”, “é uma forma de contracepção”, “um procedimento médico seguro”, ... Eles até mentem sobre serem pró-escolha. Eles são, de fato, pró-aborto.
E seus esforços para calar e destruir quem se opõem a sua ideologia extremista são prova disso. Recentemente nos Estados Unidos, cinco ativistas pró-vida foram condenados a até 11 anos de prisão por bloquear o acesso a uma clínica de aborto. O lado abortista no referendo de 2018 na Irlanda contou com o apoio das Big Tech, que baniram anúncios pró-vida em sua plataforma durante a campanha. Pouco antes do Natal de 2022, uma mulher foi presa no Reino Unido pelo crime de “orar em sua cabeça” silenciosamente nas vizinhanças de uma clínica de aborto.
E, quanto mais a ciência da embriologia avança, mais o lobby abortista se torna anti-ciência: eles se opõem a estudos sobre dor fetal, ao desenvolvimento de ultrassons/exames de gravidez mais precisos, e ao desenvolvimento de tecnologias de suporte a vida de bebês prematuros, entre outros absurdos negacionistas.
O lobby abortista tenta desesperadamente retratar as pessoas pró-vida como fanáticos religiosos. Mas, como se pode facilmente ver, não há necessidade alguma de um argumento religioso contra o aborto. Mas há uma gigantesca necessidade de negacionismo anti-ciência, típico de uma seita fanática, para apoiar os argumentos em favor aborto. Ou simplesmente de olhar para o outro lado.
Realmente, é um tema que oferece muitas nuances para discussão. Penso que essa questão é frequentemente debatida de forma muito teórica, ideológica e com muita agitação de quem se julga no lado correto, sem realmente enxergar o aspecto social, a raiz do problema. Muitas vezes, a culpa é atribuída à mulher e aos partidos de esquerda, mas raramente se vê um conservador ou liberal (independentemente da ideologia) colocando a responsabilidade na pessoa que participou da concepção, afinal, bebês não são resultado de intervenção divina, certo?
E não adianta virem com o discurso de "ninguém mandou abrir as pernas" ou "não se dá ao respeito, agora aguente". O homem, em sua essência (e muitos por se sentirem superiores ao sexo oposto, seres que, curiosamente, também tiveram uma mãe, avó, irmã, prima, sei lá), deveria assumir uma grande responsabilidade nisso.
Por que a mulher, muitas vezes sem uma ideologia definida, acaba optando pelo aborto? Aquela jovem da periferia, na casa dos 20 anos, vivendo na linha da pobreza, sem emprego, convivendo com mais 6 irmãos em um barraco, por que optou pelo aborto? Geralmente, nessas situações, o pai nunca esteve presente, os irmãos podem ter pais diferentes, a mãe não tem nem o ensino médio e trabalha recolhendo materiais recicláveis.
O aborto não é uma questão de ser a favor ou contra. O aborto GRITA desesperadamente: esta sociedade carece de informação adequada e acesso à saúde da família, de qualidade e gratuito. Em vez disso, temos acesso ilimitado a ideologias que não resolvem nossos problemas, inundando a internet, os jornais, as novelas e as conversas de esquina. Sejam elas de direita ou de esquerda, essas ideologias não contribuem para resolver o problema.
Vejo o tema do aborto de forma semelhante às minhas reuniões virtuais na empresa, onde a diretoria está em sua sede na capital, no 67º andar do edifício mais luxuoso da cidade, elaborando planos mirabolantes que apenas quem está na operação diária sabe que são impraticáveis. Eles se preocupam com detalhes irrelevantes, enquanto o que realmente afeta a empresa, como a qualidade da assistência interna aos funcionários - melhores refeições, escalas de trabalho mais justas, equipamentos mais modernos e eficientes, um ambiente de trabalho saudável, políticas contra o assédio e abuso moral e físico, e programas de reconhecimento significativos - muitas vezes são negligenciados. É assim que nossa sociedade aborda assuntos importantes.
O problema não é apenas como resolver o aborto, mas sim como educar a sociedade para que valorize a vida, a compreenda e descubra métodos de prevenção. Precisamos educar melhor nossos homens para que sejam cavalheiros e não se comportem como vagabundos cafajestes. Ninguém busca um homem excessivamente sensível e delicado, mas também não queremos o extremo oposto. Afinal, nos extremos, não há vida, apenas queimaduras por frio ou por fogo.