Prostituição Compulsória: Na Bélgica, As Mulheres Não Podem Dizer Não
Seu Corpo, As Regras do Governo
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Este mês, o Parlamento Belga aprovou uma lei que permite ao governo intervir em favor dos cafetões quando prostitutas recusam atos sexuais “com muita frequência” — por 93 votos a favor, zero contra e 33 abstenções. Os números são sombrios, uma traição unânime de nossos valores civilizacionais sob o disfarce de procedimento burocrático.
Alegadamente, a lei visa proteger as chamadas ‘trabalhadoras do sexo’ — concedendo-lhes o ‘direito’ de recusar atos sexuais, mas apenas até certo ponto. A mulher tem direito a 10 recusas a cada 6 meses; após isso, seu cafetão pode chamar um mediador governamental para intervir. Ou seja, não é exatamente um direito; apenas um privilégio temporário, sujeito aos caprichos do patrão.
Na prática, isso significará que uma mulher belga empobrecida ou uma das muitas mulheres do Leste Europeu traficadas para o trabalho sexual lá, eventualmente serão obrigadas a fazer sexo com homens com os quais não concordaria em outras circunstâncias. Por exemplo, homens pertencentes a grupos associados ao aumento dos crimes sexuais na Europa, como os imigrantes ilegais.
Outro exemplo seria uma mulher se recusando a ter relações sexuais com membros de grupos associados a níveis mais altos de DSTs, como homens que se identificam como ‘pessoas trans’. Ou clientes com higiene precária. Imagine a cena:
“Eu não quero ter relações com esse cara, ele é nojento!” diz a mulher. “Sinto muito, meu amor, você já usou essa desculpa dez vezes este semestre, agora vá se preparar e com um sorriso no rosto! Ou eu chamo o governo…” responde o cafetão.
A Bélgica ultrapassou um limite, e é um limite que todos nós deveríamos estar prestando atenção, porque está avançando rapidamente no horizonte do Ocidente. O impulso para a erosão dos valores tradicionais faz parte do espectro que termina na mercantilização da vida humana.
O aborto foi legalizado na Bélgica em 1990. A prostituição nunca foi ilegal, mas o agenciamento de prostitutas foi legalizado em 1995. A Bélgica tornou-se o segundo país do mundo a legalizar o ‘casamento’ entre pessoas do mesmo sexo em janeiro de 2003. Também é um dos poucos países onde a eutanásia é permitida, para adultos e menores, legalizada em maio de 2002.
O Capitalismo como Balcão de Negócios Moral
De acordo com as melhores práticas de ESG, na Bélgica, os cafetões são obrigados a ter escritórios registrados e obter licença governamental para oferecer contratos às prostitutas. Esses contratos são disfarçados como contratos de hotel-restaurante-café (“HoReCa”) para manter o anonimato das partes envolvidas.
Os isentões belgas, ‘conservadores na economia, mas liberais nos costumes’, estão celebrando esta lei como se fosse simplesmente o equivalente a permitir ao McDonald’s forçar seus funcionários a fritarem hambúrgueres sem preconceito em relação ao cliente final. Completamente anestesiados pelas benesses da sociedade da abundância, eles ignoram com gosto a demolição de valores éticos e morais que sustentam suas fantasias empreendedoras.
Mas essa não é simplesmente uma lei obrigando alguém a fritar um hambúrguer: a prostituta não pode separar sua alma de seu trabalho. Mesmo quando a sociedade diz o contrário.
Na Quarta Revolução Industrial, não só o bordel é proibido de recusar o ‘serviço’, ele agora pode obrigar a prostituta a fazer o trabalho sujo. Se o corpo ainda pertencesse a ela, poderíamos até chamar essa situação de ‘abuso sexual’. Lembre-se, você não terá nada, será feliz e pagará seus impostos.
Neste cenário distópico, os corpos das mulheres são comprados e vendidos com a benção do governo. Liberdade é escravidão e escravidão é empoderamento. A promiscuidade torna-se um meio de manter a coesão social e modular comportamentos, um estado de desumanização quase total, onde o governo não apenas tolera a exploração sexual — ele a impõe.
Feminismo de Quinta Coluna
A ‘libertação sexual’ sempre ‘progrediu’ desta forma: transformando a sexualidade feminina em uma ferramenta para a gratificação masculina. Um exército de estagiárias de cabelo roxo e mães de gatos acabou por produzir um sistema que parece ter sido projetado por um comitê de calouros de universidade, mas presidido por Oscar Maroni. Bom trabalho!
O tal movimento sexo-positivo pavimentou o caminho para a exploração sexual sancionada pelo estado. E a prometida libertação acabou coroada por grilhões cobertos com um fino verniz de legalidade.
A questão de como lidar com as ‘profissionais do sexo’ é algo que o feminismo de terceira onda nunca conseguiu responder, assim como sua postura sobre a pornografia, o início da vida ou mesmo definir o que exatamente é uma mulher. Na realidade, o feminismo de terceira onda nunca teve respostas para nada. Ainda assim, exigiram que a prostituição fosse legitimada como ‘trabalho sexual’. A mercantilização é, infelizmente, apenas o próximo passo lógico.
A triste, ainda que óbvia, ironia é que a legalização da prostituição levou à maior opressão das mulheres vulneráveis. Se o impulso ao ridículo continuar sendo a mola propulsora do feminismo — como é sempre o caso — talvez reste a esperança de que o feminismo de quarta onda tenha como objetivo restaurar os tabus e garantir que o sexo seja reservado para a santidade do casamento. Você sabe, para evitar resultados catastróficos.
Doações para o Rio Grande do Sul
Para quem estiver procurando uma forma de contribuir para aliviar a tragédia que abate o Rio Grande do Sul, deixo a sugestão da página da Diocese de Caxias do Sul, que repete a ação realizada durante as enchentes do ano passado. É possível fazer doações via PIX, pela chave (e-mail): doacoes@diocesedecaxias.org.br, para o fundo criado pela Diocese para o auxílio direto às populações mais afetadas. A Coordenação de Pastoral da Diocese estabeleceu um comitê central que irá gerir os recursos e sua distribuição.
Que horror, onde chegamos?!? É inacreditável que mulheres, em pleno século 21, sejam submetidas a tais degradações. Inadmissível.