Democracia é o regime onde o povo é livre para votar em quem o TSE deixa.
Ter dúvidas se o TSE vai tornar Bolsonaro inelegível é a mesma coisa que botar uma pedra de crack na frente de um crackudo e ficar se perguntando "será que ele vai fumar?"
Como se o crackudo fosse analisar a situação com prudência e imparcialiadade, e eventualmente pudesse decidir por não fumar a pedra.
O mesmo TSE que vai julgar Bolsonaro inelegível foi o que julgou Lula elegibilíssimo.
A urna eletrônica é o voto de cabresto voluntário.
Carmem Lúcia faz defesa apaixonada das instituições brasileiras: "Gente, nenhuma democracia é perfeita. Na americana, tem o colégio eleitoral. Na alemã, o presidente é meramente figurativo. Na brasileira, só não se pode votar no Bolsonaro, Moro e Dallagnol. Está bom até demais, viu?"
E ela está quase certa. Em pouquíssimos países o chefe do executivo é independente do legislativo. Em menos países ainda, o Senado tem poder de fato. No parlamentarismo europeu, o legislativo e o executivo são praticamente uma coisa só. O Senado deles é, na maioria das vezes, uma casa honorária e simbólica. Tudo o que eles têm é a independência do Judiciário.
E quem diz isso não sou eu, foi o grande Antonin Scalia, saudoso ministro da Suprema Corte americana. Durante um depoimento ao Congresso.
Sim, ao contrário dos iluminados do nosso Pretório Excelso, os magistrados americanos devem satisfações ao Congresso.
Daí a gente olha pra “confusão” da democracia brasileira, onde a Câmara passa uma coisa, o Senado passa outra, daí o presidente vai e ameaça vetar… daí vem os analistas da GloboNews e criticam a “falta de harmonia entre os poderes”.
Que todo mundo sabe, significa que eles gostam é do presidencialismo de coalização, onde a presidência absorve o parlamento via propina e a separação entre os poderes desaparece. E Montesquieu chora.
Mas, você quer o que, polarização?
Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco e Osvaldo Aranha iriam dizer: SIM!
Mas o que temos pra hoje é o editorial histórico do Estadão onde se tem a leve impressão de que eles não compactuaram com a cleptocracia que se instalou. Impressão bem passageira.
Qualquer república das bananas afirma ter eleições limpas, acima de qualquer suspeita. E os reponsáveis pelas eleições limpas nas repúblicas das bananas tratam logo de tornar inelegível qualquer um que as questione. Você conhece algum lugar assim?
Mas os bolsonaristas choram demais. Todo mundo sabe que enquanto o Moraes controlar as urnas eletrônicas não faz a menor diferença se o Bolsonaro é elegível ou inelegível. Não vai mudar em nada o resultado.
Tema para dissertação: "Eleições brasileiras: a picanha enquanto metáfora versus o coveiro enquanto hipérbole". Daí você vê a falta que um marketeiro faz. O Bozo está achando o quê, que dá pra fazer campanha eleitoral sem quebrar uns ovos?
Ou sem jantar algumas lagostas?
O problema do Bolsonaro é que o brasileiro não entende hipérbole. Eu, por exemplo, já falei um milhão de vezes que hipérbole, nunca mais!
O Lula é o covid longo em escala nacional.
Mas, não dá pra culpar o Lula por roubar. É uma obrigação que ele tem com seu eleitorado.
Nas próximas eleições vote no PSTF, o Partido do Supremo Tribunal Federal! Aliás, não precisa nem votar, porque o TSE vota por você!
O TSE que, aliás, foi criado exatamente para dar legitimidade institucional ao golpe que instituiu o Estado Novo. De Vargas a Lula, é o braço armado do caudilhismo.
O Brasil precisa tornar o TSE inelegível.
Quem financia o Moraes?
Meu novo livro “Primavera Brasileira” está disponível na Amazon (em versões eBook e física), você pode saber mais e adquirir o livro clicando abaixo:
Se você lê 1984 e vê o autoritarismo em nome do ‘bem comum’. Lê Admirável Mundo Novo e vê o totalitarismo em nome do ‘progresso’. Lê Fahrenheit 451 e vê a tirania em nome do ‘politicamente correto’. Quando acontece na vida real, não pode apoiar a censura em nome da ‘democracia’.