Notícias Imaginárias de Um Brasil de Lula
Uma viagem ao insólito mundo de ilusões ao qual os brasileiros chamam carinhosamente de “realidade”
A Associação das Repúblicas das Bananas entrou com ação de danos morais contra o Brasil, sob a alegação que nem mesmo a mais banana das repúblicas jamais reelegeria um presidente que liderou tanto um Mensalão quanto um Petrolão.
Sorrisos de alívio em Pyongyang esta manhã. Cidadãos caminham satisfeitos pelas ruas da capital norte-coreana sabendo que, pelo menos, nunca passarão a vergonha de eleger um crápula condenado por corrupção e lavagem de dinheiro à presidência do país.
Iranianos revelam preocupação com a democracia brasileira: “peraí, vocês elegeram o cara que comprou o Legislativo e aparelhou o Judiciário para corromper o processo eleitoral e se perpetuar no poder, de livre e espontânea vontade, em nome da democracia?!”
Ao saber que o “rouba, mas faz” voltou à moda, o ex-prefeito de SP Paulo Maluf decide lançar sua candidatura para 2024, fazendo live em que promete que o paulistano voltará a comer kibe e esfirra.
País voltando ao normal: milhões de eleitores de Lula levam seus carros de volta ao mecânico que instalou peças recondicionadas dizendo que eram novas e roubou sua bateria novinha colocando uma usada no lugar.
Fim da censura: Carmem Lúcia diz que, com o final das eleições, a censurazinha light do bem é suspensa. Isto é, desde que os brasileiros se comportem.
Emocionante: eleitor de Lula comemora comendo no mesmo dogão onde pegou uma intoxicação alimentar que o deixou dois meses no hospital. Mesmo sabendo que o estabelecimento continua servindo carne de gato, ele pondera: “o cara do outro dogão faz arminha com a mão”.
Novo golpe na praça: seguindo os passos de Lula, presidiários estão ligando para desavidos prometendo que vão entregar picanha e cerveja em troca de um pix. A PF investigava o crime, mas Alexandre de Moraes suspendeu as investigações alegando que os agentes estavam “tumultuando” o sistema carcerário.
Após 4ª tentativa, eleitor de Lula começa a suspeitar que, quando você cospe para cima, o cuspe sempre cai na sua testa.
Homem em coma desde 2017 acorda nesta segunda-feira e não se surpreende com a notícia de que Lula foi eleito presidente. Ele apontou para a “enorme concentração de inocentes úteis por m², neste país de dimensões continentais” como a razão para sua aparente apatia.
Fontes próximas ao ex-presidiário Lula informam que ele ainda não está 100% convencido de que sua última carraspana deu mesmo certo. Macaco velho, ele teme que seja tudo uma armação da Lava Jato e que na hora da transmissão da faixa, o Japonês da Federal vai aparecer para levá-lo preso novamente.
Entre uma sessão de despacho forte e uma mesa branca com o exu caveirinha, Janja Lula da Silva dá suas impressões sobre o Palácio do Alvorada: “não é nenhuma Carceragem da PF em Curitiba, mas dá pro gasto”. Ela revelou ter um acordo pré-nupcial que a exime de responsabilidade sobre eventuais recibos de eventuais aluguéis de eventuais imóveis que pertençam a eventuais amigos de seu eventual marido.
Em resposta às incisivas demandas de eleitores lulistas quanto a transparência e boa governança da gestão que se inicia, a Odebrecht informou que suas novas planilhas de propinas estarão em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Devido à retórica armamentista do Batman, Comissário Gordon anuncia apoio ao Coringa nas próximas eleições em Gotham City. “Sou pela democracia”, ressaltou o veterano agente da lei.
William Shakespeare previu a reeleição de Lula em O Mercador de Veneza:
“The pound of flesh, which I demand of him, Is dearly bought; ’tis mine and I will have it. If you deny me, fie upon your law!”
O Duque de Veneza é, claro, Alexandre de Moraes. Leiam. E aprendam a votar.
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Se você lê 1984 e vê o autoritarismo em nome do ‘bem comum’. Lê Admirável Mundo Novo e vê o totalitarismo em nome do ‘progresso’. Lê Fahrenheit 451 e vê a tirania em nome do ‘politicamente correto’. Quando acontece na vida real, não pode apoiar a censura em nome da ‘democracia’.