Não deixe de conferir as frases da semana na Gazeta do Povo, assinadas por mim esta semana!
O que me dá mais vergonha nesse lance todo do Elon Musk é o mundo descobrir que o Brasil foi dominado por um ditadorzinho tão fuleiro.
Fosse um Stalin, um Pinochet, um Franco, um Mao… mas um Alexandre de Moraes? É deprimente, derruba a autoestima nacional!
Moraes é o nosso Mussolini de saias.
“Quando o Estrangeiro perguntar, ‘Qual é o propósito desta cidade? Vocês se amontoam uns sobre os outros por que se amam?’
O que vão responder: ‘Nós moramos juntos porque ganhamos dinheiro uns dos outros’? ou ‘Esta é uma comunidade’?”
T.S. Eliot, The Rock
Eu era um liberal. Mas um liberal clássico. Um liberal com viés conservador.
Um bobo. Um bobo clássico. Um bobo com viés de malandro.
Os costumes que eu queria conservar eram comer um Big Mac, tomar uma Coca-Cola e falar num iPhone.
Os costumes tradicionais. De 5 minutos atrás.
Da série, ‘Histórias Que Nossos Liberais Não Contavam’:
No tal do Estado Laico, vale todo e qualquer tipo de fé e ideologia. Menos a sua.
Estado laico, insípido, antisséptico e agnóstico. Ou, preferencialmente, ateu. Para internalizar as externalidades e otimizar a governança.
A universidade não tem que preparar para o mercado de trabalho.
Nem existia mercado de trabalho quando inventaram as universidades.
A universidade tem que preparar é para o ócio.
Para que o sujeito não fique se entupindo de bens de consumo em massa durante o breve banho de sol fora de seu cubículo.
Para o neosíssimo-liberal, somente a propriedade privada tem direito à vida.
E as sociedades anônimas têm mais personalidade do que seus gestores.
Ele não doa dinheiro para a igreja fazer caridade por princípio. Mas paga imposto para ONG fazer política, por omissão.
Sem falar no fundo partidário, que daria para construir 30 hospitais. Mas, como se sabe, não se faz democracia com hospitais.
Para o liberal, a meritocracia é absoluta. Sua vida é o resultado direto de suas escolhas. E a sua mais importante escolha é decidir quem serão seus pais, obviamente.
Keynes acreditava que, no longo prazo, estaremos todos mortos. Apesar de dizer que não, o liberal acredita nisso também. Apenas divergem no quão longo é o longo prazo.
O grande projeto liberal se revela cada vez mais uma mistura de maconha, aborto, casamento gay, yoga, acupuntura e iPhone de dez mil reais.
E o onipotente livre-mercado finalmente criou uma pedra tão pesada que nem ele mesmo consegue levantar.
O Partido Capitalista Chinês.
“Ah, mas é capitalismo de estado, né?”
Todo capitalismo é ‘de estado’. Só muda o grau.
E não sou eu que digo, é o Roberto Campos.
Ou você admite isso, ou vai ter que repetir que ‘o verdadeiro liberalismo clássico nunca foi tentado’.
Daí você descobre que existe almoço grátis, sim. Chama-se eucaristia.
Durante o Cerco de Paris na Guerra Franco-Prussiana (que causou uma severa crise de abastecimento), os restaurantes parisienses ofereciam ratos assados provenientes do campo — e alimentados com grãos — como uma alternativa gourmet aos ratos urbanos, que se alimentavam de lixo. A França é intankável.
Por mais que eu odeie admitir.
Dica de moda: sempre feche a braguilha.
Mesmo depois de questionar meus princípios mais fundamentais, me dilacerando em violentos embates existenciais, eu ainda não estava pronto para deixar o liberalismo… Daí vem o Luciano Huck e se declara um ‘liberal isentão’.
Game over.
Vocês repararam como tudo piorou muito depois que o Cazuza intimou o Brasil a mostrar sua cara?
Meu livro “Primavera Brasileira” está disponível na Amazon (em versões eBook e física), um livro de frases com a crônica do processo eleitoral (por falta de palavra melhor) que o Brasil sofreu em 2022.