A Isentização do Ocidente
Mas, o Ocidente não vai simplesmente se desmanchar no ar. Até porque já não é lá muito sólido.
“O famoso cachimbo. Como me repreenderam por isso! E ainda assim, alguém poderia encher o meu cachimbo? Não, é apenas uma representação, não é? Então, se eu tivesse escrito no meu quadro ‘Isso é um cachimbo’, eu estaria mentindo!”
René Magritte, A Traição das Imagens
Na primavera de 2010, eu passeava pela paisagem áspera da ilha de Córsega com minha companheira de viagem russa, vamos chamá-la de Dasha.
No terceiro dia, veio a notícia: o metrô de Moscou havia sido alvo de um atentado à bomba. Quarenta vidas perdidas no caos da hora do rush — mais um presente dos separatistas islâmicos para a Mãe Rússia.
Diante de Dasha, eu procurava pelas palavras. Um “eu vi que aconteceu em Moscou. Terrível. Eu sinto muito,” foi o melhor que pude fazer. Dasha apenas deu de ombros. “É, nem foi tão ruim quanto Beslan,” ela disse. Em 2004, uma escola em Beslan viu 186 crianças perecerem, quando as forças de segurança russas invadiram o prédio após separatistas da Chechênia terem feito 1.000 pessoas reféns. A reação dela foi tão inesperada quanto previsível.
Em uma época em que podemos usar a inteligência artificial para decifrar pergaminhos romanos carbonizados ao ponto de virar um bloco de cinzas dois mil anos atrás, ainda não temos a tecnologia para decifrar como pensam os russos. Esse pensamento é o que me incomodava ao assistir Tucker Carlson introduzindo sua entrevista com Vladimir Putin, prometendo um retrato fiel do que se passa na cabeça daquele homem.
Voltando à Córsega, alguns dias mais tarde, Dasha e eu decidimos escalar o Monte Cinto, o pico mais alto da ilha. Era mais uma trilha do que uma escalada, verdade seja dita.
Ela pensou que eu tinha tudo planejado. Mal sabia ela, eu não tinha a menor idéia do que estava fazendo, apostando todas as minhas fichas em uma geringonça para navegação em GPS que eram novidade na época. Era o suprassumo da tecnologia, permitindo ao homem moderno conquistar o mundo selvagem. Foi o que me disseram.
Como esperado, foi um grande fracasso. O aparelho não conseguia pegar um sinal nem por um milagre e eu não conseguia ler aqueles mapas esdrúxulos nem se a minha vida dependesse disso (até porque mais ou menos dependia). Minha inépcia me deixou exposto como uma fraude completa, incapaz de me virar sozinho sem minha muleta tecnológica.
Porém, tudo sempre pode piorar. Vendo que a noite caía, fria e impiedosa, Dasha tomou as rédeas da situação. Usando habilidades que ela me disse mais tarde ter aprendido num troço chamado ‘escola de geografia’ na Rússia (o que até hoje não tenho certeza do que se trata), ela nos guiou até o refúgio em segurança. Sãos e salvos, mas não saiu barato. A provação não foi apenas um golpe no meu ego; foi verdadeiramente emasculante.
Foi então que comecei a perceber onde estava o verdadeiro cisma entre russos e ocidentais. Cresci aceitando sem questionamentos a história de uma Rússia pós-Guerra Fria, abatida, mendigando à porta do Ocidente, um bando de bárbaros implorando para ser assimilados.
O inverso parecia verdadeiro também. A Rússia tinha fé no Ocidente, acreditava que todos nós éramos feitos do mesmo material daqueles que haviam derrotado o comunismo. No entanto, lá estava eu, o protótipo da inconfiabilidade ocidental (se é que brasileiro pode ser considerado ocidental — há controvérsias).
E lá está a Europa hoje, agindo como se fosse um país de terceiro mundo, incapaz de se defender na ausência de ajuda externa. Um completo absurdo. A Europa, outrora o coração da civilização e o pulso da história, agora espelha fraqueza, epitomizada pelo recente fracasso do míssil tridente da Marinha do Reino Unido. A jóia da coroa da política de segurança da Europa, agora o símbolo máximo da sua emasculação civilizacional.
Se Você Quer Paz, Prepare-se Para a Guerra
“A verdade não tem nada a ver com a linguagem. A verdade é como a Lua no céu, e a linguagem é como o dedo que aponta para a lua. Um dedo pode indicar onde a Lua está, mas o dedo não é a verdade. Você pode ver a Lua sem a ajuda de nenhum dedo, não pode?”
Huineng, O Sutra da Plataforma do Sexto Patriarca
É por isso que muitos os recentes apelos de Donald Trump para que a OTAN se fortaleça foram, apesar das aparências, bem recebidos.
Não apenas pela ‘extrema-direita’, mas também pelos social-democratas — como os favoritos para assumir a chefia da própria OTAN em outubro. A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, recém-adicionada à lista de procurados pelo Kremlin, acha que os brados de Trump são o despertador para “alguns de nossos aliados que não fazem o que devem.”
O (ainda?) primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, provável próximo secretário-geral da OTAN, admite que Trump acertou, pressionando os europeus a assumirem responsabilidades. “Vamos parar de reclamar, resmungar e choramingar sobre Trump,” ele disse.
Claro, há o proverbial idiota que olha para o dedo de Trump em vez de para onde ele está apontando. Neste caso, Emmanuel Macron, que insiste em ameaçar enviar tropas francesas para a Ucrânia. (O fato de Macron ter sido, quando adolescente, aliciado por sua esposa — então sua professora do ensino médio —, diz muito sobre o ‘complexo de menino crescido’ da Europa. Mas Deus nos livre de alguém mencionar isso.)
A imprensa segue mais do que ansiosa para colar o rótulo de mafioso em Trump. Imagine isto: um gângster oferecendo proteção de graça, com a única condição de que os proprietários tranquem as portas de suas lojinhas à noite. Parece razoável, pode-se argumentar. Ninguém está ‘pagando’ a OTAN como se fosse algum esquema de extorsão. A expectativa é que as nações contribuam com seu próprio dinheiro para sua própria defesa em seu próprio território.
O verdadeira problema está nos países que ignoram suas obrigações, colocando seu aliado de primeira, última e única ordem em uma posição insustentável, criando essa situação ridícula onde a OTAN tem que pressionar as nações para fazer o mínimo de suas obrigações.
Essencialmente, Trump é quem defende o Artigo 5. Porque, como se sabe, sem o poder de fogo para respaldá-la, qualquer ameaça de retaliação é apenas conversa fiada. A manutenção de um sistema de defesa adequado é o compromisso que permitiu a OTAN nunca ter de enfrentar um verdadeiro teste por 75 anos — uma bênção e uma maldição, ao mesmo tempo.
Eis o ponto crucial: os mesmos líderes irresponsáveis que temem que Trump não vá honrar o Artigo 5, são os que já rasgaram esta página há muito tempo.
Com Trump ou sem Trump, com a OTAN ou sem a OTAN, isso não dá à Europa um passe livre para se esquivar de cuidar de sua própria defesa. A menos que tenham realmente perdido a vontade de se defender.
A Europa está desempenhando o papel do adolescente despreocupado, então Trump está fazendo o papel do pai severo — enquanto o vovô Biden segue sonâmbulo na Casa Branca. Trump está sendo direto: se a Europa sair sem um agasalho e pegar uma pneumonia, que não venha chorar para que Trump a leve ao hospital.
E ainda assim, os sonhadores social-democratas da Europa continuam perseguindo miragens verdes de suas cabanas feitas de palha e madeira, convencidos de que o porquinho com a casa de tijolos vai salvá-los sempre que preciso.
Morte do/ao Dólar
“A melhor maneira de destruir o sistema capitalista é desvalorizar a moeda.”
Vladimir Lenin apud John Maynard Keynes
Em sua entrevista com Tucker, Putin evitou críticas diretas às vulnerabilidades militares da Europa ou às suas deficiências econômicas decorrentes da dependência do gás russo. Por que ele faria isso? A fraqueza européia é o bilhete dourado de Putin, afinal de contas.
No entanto, ele se focou nos $33 trilhões da dívida americana e criticou o uso do Dólar como uma ferramenta geopolítica, chamando-o de “grande autoengano”.
De forma sutil, ele vinculou esses problemas, talvez para despertar ansiedades dentro da direita americana, seu público-alvo, sobre gastos excessivos em conflitos estrangeiros, não apenas na Ucrânia, mas em Israel e além. Isso, ele sugeriu, era o ‘uso geopolítico’ do dólar — financiar guerras estrangeiras e impor sanções.
Ele pode estar certo sobre o estoque de dívida. No entanto, financiar conflitos no exterior dificilmente é o maior peso no orçamento dos EUA. E alavancar o Dólar na política internacional continua sendo uma das linhas de negócio mais lucrativas da América.
É melhor ficar de olho no que Putin não está criticando. Considere a manipulação potencialmente catastrófica da Alemanha sobre o Marco Alemão (conhecido hoje em dia como Euro), praticamente uma operação de agiotagem ao ar livre, acorrentando os países membros sob a bota do Quarto Reich (ou União Européia, atualmente) via dívida:
A evolução dos saldos do sistema Target2, um sistema de liquidação entre os bancos da Zona do Euro, ilustra isso. O banco central da Alemanha opta por renunciar à liquidação dos saldos pendentes pelos bancos centrais de outros países, efetivamente criando dívida lastreada no vácuo, e empurrando países economicamente mais fracos como Espanha e Itália em uma trajetória de dívida explosiva e crescente.
Podemos entender a situação através de um exemplo: quando um italiano compra uma BMW, o fluxo de pagamentos do comprador até a fabricante nunca se completa como esperado. Primeiro, o banco do cliente envia o dinheiro para o banco central italiano. Sob circunstâncias normais, o banco central italiano encaminharia o dinheiro para o banco central alemão, que então pagaria o banco da BMW na Alemanha, que finalmente transferiria o dinheiro para a BMW.
Na realidade, o banco central alemão evita cobrar o banco central italiano, deixando a dívida em aberto, cobrindo o custo da BMW de seu próprio bolso, e transformando esses saldos negativos em alavancagem política sobre os membros da UE.
Mas o Quarto Reich não se limita a truques contábeis. Veja como a UE jogou com a política interna da Polônia, congelando €137 bilhões em fundos do país, devido a um suposto “retrocesso democrático” sob o governo nacionalista de direita que vigorava na Polônia até o ano passado.
Assim que conseguiram colocar seu fantoche, Donald Tusk, junto a uma quadrilha globalista no poder, de repente a Polônia voltou a ter acesso aos fundos da UE. Se isso não é uma jogada tirada direto do livro da máfia, não sei o que é. Nem um pio de Putin sobre isso, talvez para não perturbar seus inimigos enquanto cometem outro erro.
Mas o jogo hedonista de dois pesos e duas medidas da UE não para por aí. Dois anos após o início do conflito, e a Áustria permanece quase totalmente dependente do gás russo. As sanções aplicadas à Rússia são ineficazes e ridiculamente ignoradas, com exportações indiretas para/da Rússia disparando entre seus estados satélites — um fato convenientemente ignorado pelos oficiais ocidentais:
Enquanto o Ocidente se ilude com devaneios verdes, a China está ocupada acumulando toda a energia barata que julgamos muito suja para nossos gostos burgueses, apostando tudo nas energias ‘renováveis’ que logo descobriremos não ser tão ‘renováveis’ quanto esperávamos — quando as turbinas eólicas começarem a falhar e implorar por uma (caríssima) repotencialização.
Os custos de energia estão tão ridiculamente altos no Ocidente, que já dilaceram o parque industrial outrora exaltado da Alemanha. Enquanto isso, Putin se gaba para Tucker de que a Rússia agora é a maior economia da Europa, uma afirmação absurda baseada em gastos inflacionados em tempos de guerra.
Mas, o que é ruim não só pode, como tende, a piorar. A UE avançou com legislação para usar os lucros dos ativos do banco central russo congelados, para financiar a reconstrução da Ucrânia. Desde a invasão, os EUA, a UE e o G7 ‘imobilizaram’ $300 bilhões de fundos russos, agora coçam a cabeça deliberando sobre o que fazer com esse butim.
O detalhe interessante é que os EUA detêm apenas $6 bilhões dos fundos — migalhas geopolíticas. O grande pote, uns impressionantes $200 bilhões, está nas mãos dos países da UE, deixando-os com a verdadeira dor de cabeça.
Em janeiro, o dinheiro russo foi alvo de uma decisão do Senado americano que aprovou o primeiro sequestro de ativos de um banco central de uma nação não beligerante na história americana, marcando também o primeiro mergulho no assalto ao cofrinho da Rússia.
A UE hesita, cautelosa quanto a complicações legais e a reação dos investidores. No entanto, um grupo de ‘especialistas legais’, veteranos dos regimes de Obama e Biden, emitiu uma carta justificando as apreensões sob o tal direito internacional (essa entidade éterea, insípida e inodora), apesar dos gritos de “pirataria moderna” da chancelaria russa.
A Rússia que está em posse de $288 bilhões em ativos ocidentais congelados no país.
A Bidenização do Ocidente
“... enquanto estamos familiarizados com o efeito adverso do álcool em um estômago vazio, estamos agora testemunhando o efeito muito pior do álcool em uma mente vazia.”
Roger Scruton
O Ocidente esqueceu a arte da vitória. Esqueceu até de que está jogando o jogo. Nossa civilização inteira pensa como um Joe Biden coletivo, afligido pela demência. Desde seguir proposições claramente inexequíveis e perdedoras como a Política de Uma China, a tal ‘solução de dois estados’ para Israel e Palestina, à expansão ilógica da OTAN, é evidente: o Ocidente da ‘ordem baseada em regras’ não está apenas desprovido de boas idéias; está desprovido de quaisquer idéias.
Imagine o seguinte cenário: de alguma forma, o Ocidente consegue rechaçar Putin com sucesso, encurralando-o em seu bunker. Realmente queremos que ele precise ponderar sobre seus últimos recursos? Então, considerando o que aconteceu na Líbia, Iraque, Afeganistão, preferimos confiar em Putin ou jogar uma roleta russa com os códigos nucleares?
Os chamados líderes ocidentais estariam dispostos a jogar os dados e descobrir quem fica no comando de quase seis mil ogivas nucleares?
Qual é então a nossa estratégia, se derrotar Putin parece tão indesejável quanto impossível? Nem empurrar infinitamente a resistência ucraniana contra o moedor de carne de Putin, nem capitular às exigências russas apresenta um caminho viável para a frente.
Sergey Karaganov, uma vez conselheiro de Yeltsin e Putin e protegido de Lavrov, argumenta uma realidade dura: “Nenhum presidente americano sacrificaria Nova York ou Boston por Poznan ou Frankfurt.” Então, por que continuamos seguindo à risca o manual de regras a Putin?
Enquanto a ‘imprensa’ russa se diverte com as gafes militares do Reino Unido, rindo de seu porta-aviões emblemático inoperante e mísseis falhos; Karaganov expõe claramente o que ele vê como opções ocidentais: o Ocidente pode recuar com um pingo de dignidade, arrastar-se embora envergonhado “como no Vietnã e no Afeganistão,” ou jogar com a aniquilação nuclear.
Embora esperemos que ele esteja errado, contra um Ocidente liderado por Biden-Scholz-Macron, sua previsão se reveste de credibilidade. Por W.O.
Mas as ameaças nucleares de Karaganov, ecoando Putin e Dugin, insinuam o próprio desespero do Kremlin, lutando perpetuamente com as costas contra a parede.
O dilema do Ocidente é óbvio: que alavancagem resta contra a Rússia? A cada dia que passa, fica evidente que estamos blefando sem nada nas mangas. E ninguém se atreve a pagar para ver a mão de Putin. Sem saber o que fazer em ambos os lados, talvez seja hora de nos perguntarmos: o que a China faria?
Atenas perdeu o alcance de sua marinha, Roma, a força de suas legiões, o Reich, a blitz de seus panzers. Mas a Rússia? Ela tem o trunfo definitivo: o cogumelo de suas ogivas nucleares. Continuamos sonhando com essa transação — democracia por desarmamento, assim como fizemos pela Ucrânia. Mas a democracia na Rússia não morreu com Navalny — ela sempre foi uma ilusão.
Putin prevê que em 2024 haverá a chance de desequilibrar o conflito na Ucrânia a seu favor. Ele conta com uma pausa do apoio ocidental, com a ajuda dos EUA vacilando devido a distrações eleitorais e a Europa dividida internamente. A Ucrânia, também, pode enfrentar turbulência, especialmente após a partida de Zaluzhny.
Putin visa persuadir o Ocidente a colocar Zelensky de lado, esperando por uma liderança ucraniana menos encorajada pelo Ocidente, a quem ele possa pressionar a ceder. Seu objetivo não é um meio-termo, ele quer que os joelhos de Kiev dobrem, preparando o palco para um regime fantoche. E com tudo isso, Putin está buscando ouvidos ocidentais amigos.
A ‘solução’ para a qual estamos sendo direcionados, ostensivamente promovida ao longo dos anos por Dmitri Trenin, um infiltrado do Kremlin apresentado como ‘especialista’ em Rússia pela Goldman Sachs, a Fundação Carnegie e outros, — que também é um ‘ex’-membro da comunidade de inteligência russa (embora todos saibamos que não existe tal coisa como um ex-homem da KGB) — é a federalização da Ucrânia, dividindo o país em pedaços gerenciáveis.
A Rússia está funcionando no limite, militar e financeiramente, claramente sem os meios para uma tomada completa da Ucrânia. Anexar o leste da Ucrânia pode se encaixar no orçamento, mas minaria a reivindicação de Moscou à legitimidade do ato. A solução? Uma abordagem matizada.
Os Acordos de Minsk insinuaram uma federação ucraniana, oferecendo autonomia regional e mantendo a unidade nacional — uma proposta que o Ocidente pode ser tentado a ver como uma saída digna. Com o tempo, a Rússia poderia direcionar os eventos para que o Donbas ‘decida’ deixar a Ucrânia e unir-se à Rússia.
Durante a entrevista com Tucker Carlson, Putin sutilmente deu dicas de seu objetivo final, sugerindo o retorno das áreas sob ocupação russa no Donbas à estatalidade ucraniana, sob um ambiente social comum, com “benefícios de pensão e sociais” totalmente restaurados.
Como bônus, uma Ucrânia federalizada ofereceria um modelo para a Transnístria, potencialmente trazendo-a para o domínio russo no futuro, sem um tiro ser disparado. Assim como foi na Criméia.
Se aplicarmos a Lei de Lindy, a cada momento que o conflito na Ucrânia se arrasta, a Rússia ganha terreno, independentemente do resultado imediato. A noção de apaziguamento já voou pela janela; a caixa de Schrödinger está aberta. E o gato está sem pulso.
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