A Democracia Brasileira Está Em Cheques
Em branco (pro Lula), pré-datado (pro Congresso), ao portador (pro STF) e sem fundo (pro povo)
O Alexandre de Moraes está enfiando o dedo no nariz como se estivesse sozinho no trânsito. Mas não está.
Luís XIV: “O Estado sou eu.”
Alexandre de Moraes: “O Estado Democrático de Direito sou eu.”
E no Brasil, pênalti roubado entra. Se não entrar, o STF manda bater de novo. Até entrar.
Se o goleiro pegar o pênalti roubado, o juiz cassa o mandato do goleiro por ato anti-democrático.
SUDERJ informa: sai Deltan Dallagnol, entra Sérgio Cabral.
Onde o goleiro pisa, não nasce mais grama; e onde o Alexandre de Moraes pensa, não nasce mais cabelo.
Seguindo a tradição platonista, o Alexandre Moraes é um animal bípede sem penas.
E coitado do menino Alexandre, o Pequeno. Parece que sofre da mesma doença que o Benjamin Button pelas notícias que chegam da Chacina do Fiumicino.
Dizem que o Marcola já ligou pro Pacheco pra dizer que também topa fazer uma retratação, que nem o Barroso.
É, a Política com ‘P’ maiúsculo voltou com força total. ‘P’ de Pocilga. ‘P’ de ‘Pra não dizer outra coisa’.
Estou cada vez mais convencido de que, na cabeça de petistas e isentões, ‘democracia’ significa o governo do ‘demo’ mesmo.
Ortega y Gasset dizia que “o homem é o homem e a sua circunstância”. Já o Flávio Dino é o Flávio Dino e a sua circunferência.
Não existe experiência mais civilizatória do que tomar um vinho caro no gargalo.
Apesar disso, só porque uma experiência é ‘civilizatória’ não quer dizer que seja boa. Pergunte aos nativos.
A Disney anda tão azarada que até os anões que eles compraram pro filme da Morena de Neve cresceram.
Aliás, o Brasil já foi vanguarda cultural. Lembram da sensacional Adele Fátima como Clara das Neves no clássico dos anos 70 “Histórias que Nossas Babás Não Contavam”?
Porque o Brasil é a Disneylândia da Contravenção. Com o Lula de Mickey e o povo de Pateta.
Na época da Dilma, pelo menos, podia bater panela, protestar nas ruas, invadir o Congresso e até — sacrilégio — xingar o STF. Volta Dilma!
A esquerda não tem medo de ser censurada. Ela tem medo é de que a direita não seja censurada.
E não é só que o socialismo dá errado até quando dá certo. O socialismo dá errado, principalmente quando dá certo.
A verdadeira polarização no Brasil é entre quem chama os Estados Unidos de ‘América’ e quem chama os americanos de ‘estadunidenses’.
Os que assistem Tuquercalso versus os filhotes de Bertolt Odebrecht, o Frankenstein brasileiro.
E as apresentadoras da GloboNews são aquela estória: bonitinhas, mas ordinárias. E bonitinha, como se sabe, é uma feia arrumadinha.
O Liberal Brasileiro: “Queremos estado mínimo, o governo tem que sair de cima da população!”
Bozo: “Cada um faz o que achar melhor. Quer usar máscara? Usa. Quer tomar vacina? Toma.”
O Liberal Brasileiro: “Genocida! Negacionista!”
O tucano que vota no Lula, mas se julga muito limpinho pra ser petista, me lembra o Gregor Samsa acordando de sonhos intranquilos sem perceber no que havia se transformado...
Já denunciou seu vizinho hoje? Se alguém te olhar torto na rua, não tenha dúvidas: denuncie! Ele pode ser um bolsonarista.
“Alô, é da Força Nacional? Eu queria fazer uma denúncia. É o meu vizinho, eu acho que ele é um b-o-l-s-o-n-a-r-i-s-t-a...” — Jovem Revolucionário Brasileiro em 2023.
“O verde é esperança, né? O amarelo, sei lá, desespero. O azul, eu não sei.”
Benedita da Conceição, aposentada
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Se você lê 1984 e vê o autoritarismo em nome do ‘bem comum’. Lê Admirável Mundo Novo e vê o totalitarismo em nome do ‘progresso’. Lê Fahrenheit 451 e vê a tirania em nome do ‘politicamente correto’. Quando acontece na vida real, não pode apoiar a censura em nome da ‘democracia’.